sábado, 25 de março de 2017

Campinas confirma morte de 3 macacos por febre amarela

Campinas (SP) confirmou nesta sexta-feira (24) a morte de três macacos por febre amarela. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, exames feitos pelo Instituto Adolfo Lutz atestaram que três animais que morreram na fazenda Santa Lídia, na área rural do distrito de Sousas, foram vítimas da doença.
Segundo a pasta, com a confirmação, cerca de mil moradores da área rural de Sousas serão vacinados contra a febre amarela neste final de semana.
Os agentes farão a vacinação casa a casa, a partir da manhã deste sábado (25). A Prefeitura informou que não há casos humanos suspeitos na região de Campinas até o momento.

Região

Na região, um animal foi encontrado morto em Socorro (SP) e outros seis macacos já haviam sido confirmados com febre amarela, sendo quatro em Amparo (SP) e dois em Monte Alegre do Sul (SP). Segundo a Prefeitura, essa situação demonstra a ocorrência do ciclo silvestre da doença na região rural de Campinas.
No ciclo silvestre, a transmissão ocorre entre macacos e mosquitos silvestres. O homem só se expõe ao vírus quando entra neste ambiente sem estar vacinado.

Vacinação

Ainda segundo a Secretaria de Saúde, os moradores que desejem visitar a área rural de Sousas ou Joaquim Egídio devem estar previamente vacinados ou fazer uso de repelente a cada duas horas.
A vacinação contra a febre amarela atualmente em Campinas é feita por agendamento pelos telefones 160 e 156. No entanto, a administração municipal destacou que avalia a necessidade de medidas adicionais.

Contaminação remota

Em janeiro, o secretário de Saúde de Campinas, Cármino de Souza, disse que a contaminação no município pela doença era remota.
"O risco de uma contaminação em Campinas é tão remoto quanto surgir água na lua. Não sou radical, mas neste caso eu sou. Não é para vacinar em massa. Os efeitos adversos, e que são imprevisíveis, são maiores e com maior agravo à saúde do que risco de ter febre amarela", defendeu o secretário.

Estado de SP

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo afirma que registrou em 2017 três mortes por febre amarela silvestre autóctone nos municípios de Américo Brasiliense (SP), Araraquara (SP) e Batatais (SP).
Além disso, ressaltou que há cinco mortes confirmadas que são importadas, ou seja, as infecções ocorreram fora do estado, todas em Minas Gerais, com notificações em Santana do Parnaíba (SP), três na capital e uma em Paulínia (SP).
A pasta ressalta que a vacina contra a febre amarela é indicada apenas aos moradores de áreas de risco definidas pelo Ministério da Saúde e para aqueles que vão viajar a esses locais.
A imunização não está indicada para gestantes, mulheres amamentando crianças com até 6 meses e imunodeprimidos, como pacientes em tratamento quimioterápico, radioterápico ou com corticoides em doses elevadas (portadores de Lúpus, por exemplo).
No entanto, nove casos de pessoas que foram ou estão sendo tratadas por suspeita de febre amarela silvestre estão em investigação. Dessas, quatro não têm histórico de viagem para outros estados, e outras cinco foram para Minas Gerais.

Macacos

Desde o ano passado até o momento, segundo a secretaria estadual, foram confirmados 53 casos positivos de febre amarela em primatas não humanos, em regiões silvestres de Ribeirão Preto, Barretos, Franca, São José do Rio Preto, São João da Boa Vista, Socorro, Sorocaba e Campinas.
Nessas regiões já foram feitas ações de busca e bloqueio de vetores e pesquisas em matas próximas aos locais onde os macacos foram encontrados.


FONTE G1

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