Na semana passada, casa do empresário no Rio foi alvo de ação semelhante.
Justiça quer saber se Eike tem contas no exterior e quanto foi remetido.
Iate de Eike Batista em Angra dos Reis, em fevereiro de 2015 (Foto: Reprodução/TV Rio Sul)
Equipes da Polícia Federal realizam nesta quarta-feira (11) uma operação em Angra dos Reis,
na Costa Verde, para apreender o iate do empresário Eike Batista, além
de outros bens que encontrarem na casa que ele tem no município, como
informou o Bom Dia Brasil.Segundo o juiz federal Flávio Roberto de Souza, da 3ª Vara Federal Criminal, a apreensão faz parte da decisão que decretou, na semana passada, o bloqueio de R$ 3 bilhões em bens do empresário e de parentes dele para preservar possíveis indenizações e multas.
"Depois de todos os bens apreendidos, vamos avaliar até chegar no montante que o Ministério Público requereu. Se ultrapassar, o restante será devolvido", informou o magistrado.
Segundo a PF, também foram apreendidos dois motores para lancha, um computador, uma escultura e um ovo Fabergé (joia feita para czares russos nos séculos 19 e 20).
Carro de Eike apreendido pela PF na sexta-feira (6)
(Foto: Polícia Federal/Divulgação)
Contas no exterior(Foto: Polícia Federal/Divulgação)
Segundo o magistrado, está sendo julgado o pedido de rastreamento de contas do empresário no exterior.
“Existe um inquérito tramitando que implica na evasão de divisas e lavagem de dinheiro. Queremos saber onde ele tem conta e quanto ele remeteu para o exterior”, ressaltou o juiz, explicando que, mesmo que o processo seja deferido nesta quarta, não é um processo rápido, pois o Ministério Público precisará encaminhar o pedido para órgãos de cooperação internacional, como a Interpol e o FBI (agência federal de investigação dos EUA).
Defesa
Indignado, o advogado Sérgio Bermudes disse na sexta que o bloqueio e a apreensão de bens foi uma "decisão selvagem e brutal". "Não deixaram dinheiro nem para ele comprar bananas para o filho de 3 anos. A Polícia Federal foi extremamente correta e cortês. Mas a decisão judicial só pode ser classificada como fúria selvagem", afirmou.
Segundo o advogado, a apreensão de todos os bens do empresário foi para garantir o pagamento de indenização de vítimas de supostos atos fraudulentos, caso Eike seja condenado. No entanto, Bermudes alegou que o processo que corre na 3ª Vara Federal Criminal ainda está no início.
Nesta quarta, o Tribunal Regional Federal no Rio vai julgar o pedido da defesa de Eike que pede o afastamento do juiz do processo por imparcialidade. “É uma suspeição sem base legal, de fundo meramente político. Não há nenhuma violação a artigo do código de processo penal”, afirmou o magistrado Flávio Roberto de Souza.
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